Instruções para melhor entendimento:

Sempre ao fim de uma frase, vírgula ou ponto, pare de ler e pense, entenda e então continue.
Leia em voz alta, com entonação e sinceridade.


terça-feira, 8 de maio de 2012

Eu e minha alma.


Certa noite ouvi passos vindos do corredor, no fundo eu sabia que não era nada, mas resolvi descer as escadas. No momento, era o que eu precisava. Quando consegui um pingo de coragem eu ví, era apenas a minha alma.
Estava com raiva eu e minha alma, então desabafamos sobre o ódio rotineiro que nos cercava sempre que a esperança - toda esguia - iluminava nossa vida.
Como uma ironia a esperança nos fazia crer que não era só vontade ou desejo... era realmente pura equação matemática, que nos voltava a um belo resultado, vanglorioso! Ainda não cheguei na ironia, que seria, a dízima. A alma me disse que não aguentaria nem mais um dia, fazendo cálculos da nossa teoria, terrível teoria.
Entre risadas e desabafos percebemos a raíz da nossa raiva, a matemática. Não a matemática literal mas a matemática mental. A verdade é que as mulheres embaraçam nossos números, os meus e os da alma... E ela estava cansada de tanta paixão, de tanto sofrimento, sempre fui um homem intenso.
Nos despedimos depois da conversa e do chá. E, antes que eu pudesse acordar, nós resolvemos nos separar: - A matemática, objetiva. A equação, sem dízima. E eu? Nunca mais sofri nessa vida.
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