Instruções para melhor entendimento:

Sempre ao fim de uma frase, vírgula ou ponto, pare de ler e pense, entenda e então continue.
Leia em voz alta, com entonação e sinceridade.


sábado, 18 de setembro de 2010

Entender ainda sim é pouco.

Certo dia, encontrei aquele cara, é aquele mesmo sobre quem eu já falava, ele estava procurando alguém até eu me aproximar.
Ele começou dizendo coisas sobre as consequências que ele obteve de atitudes incansáveis baseadas em sonhos de rebeldia e revolta diante do mundo. Ele havia percebido que tudo o que ele fez não foi por si, mas sim pela influência que as circunstâncias e os ambientes tiveram sobre ele. Ele era tudo o que queriam que ele fosse, no fundo ele sabia disso - ele dizia tudo de forma suave e conformada, com uma voz relaxada como se conversasse consigo em sua mente -, ele sabia que sempre há tempo para mudar e o que falta é a vontade. Ele sabia que entender a morte é o melhor caminho para a vida, mas infelizmente é impossível agir por si.
Disse que a solidão nunca é algo bom, mas nos dias de hoje infelizmente é a única forma de ser sincero, e que ser sincero é algo bom.
Disse que a inocência em demasia levaria a carência; que a crença em demasia traria a cegueira; que o conhecimento em demasia levaria a loucura; que a vingança levaria ao rancor e também a confusão; que a existência traz consigo o niilismo; e que os bons sentimentos tem como base o desespero e o medo.
Foram horas de monólogo, foram horas do genuíno entendimento dançando até os meus ouvidos, eu podia ler o som da sua voz e enxergar todos os seus pensamentos até a hora em que eu acordei.

Nostalgia de solidão.

É estranho perceber o tempo passar, as pessoas mudarem, as possibilidades criadas e as escolhas aproveitadas.
Pessoas que fizeram parte da sua vida já nem lembram seu endereço. E num dia frio você olha tudo que deixou para trás, e vê como as pessoas estão hoje, com quem estão, o que estão fazendo, e você só consegue perceber, que todas mudaram... que todas parecem maravilhosamente contente com tudo aquilo que outras desejam tragicamente.
E o que as fotos dizem sobre isto? Sorrisos divertidos; sorvetes mordidos; amigos amados; inimigos disfarçados; o calor; a intensidade; a noite na cidade; o amor.
E ainda consegue enxergar que todos tem algo em comum, que parecem tão alegres, conformados e contentes por estarem acostumados e conformados - como, se você visse a semente, e, depois de um tempo visse a árvore com todos os seus frutos numa floresta imensa cheia delas -, aí logo penso:
- Será que sou a única pessoa a viver sozinha e aceitar isto? É tão terrível assim?
- Sinto muito.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Algo de tudo.

Eu só queria conhecer a sorte da tranquilidade;
A inocência da carência;
O desespero da necessidade;
A certeza de uma crença;

A vontade do saber; 
A liberdade da imaginação;
A realização do prazer;
A experiência da solidão;

A tristeza da melancolia;
O niilismo da existência;
A convicção da ironia;
A ausência da impotência;

A ingenuidade da esperança;
A vaidade do egocentrismo;
O sabor da vingança;
O respeito do pioneirismo;

A possibilidade do jogar;
A raiva do arrependimento;
A felicidade do encontrar;
A depressão do esquecimento;

A atenção de uma dor;
E a presença de um amor.
.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Esquecendo.

A prevenção é desacreditar. A vacina é a falta de expectativa. E tudo o que você um dia esperou ouvir é esquecido com a aversão alheia. Diferenças em pequenos aspectos, em diferentes aspectos, pode ser a resposta de tais decepções.
O que mais pode sair da sua boca para decepcionar alguém? Que não é alguém qualquer, mas pensa ser. E você sabe:
- Causas da dependência. Que você criou.
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